quinta-feira, 3 de junho de 2010

Erros e acertos do Dunga

Os trabalhos da seleção brasileira em solo africano têm sido intensos e, se o acesso a entrevistas tem sido restrito, os jornalistas têm tido ampla disponibilidade de acompanhar os treinos da nossa seleção.
Diante disso, tem se visto treinos bastante proveitosos. Segundo o mestre Tostão, dono da melhor coluna sobre futebol entre todos os cronistas esportivos, na Folha de S.Paulo, há muito tempo a seleção não fazia treinos simulando situações reais de jogo.
Como exemplo, em um desses treinos, experimentou-se situações em que o adversário atua bastante recuado, diminui os espaços e, assim, se previne contra a principal característica desta equipe, o contra-ataque.
Uma das boas soluções testada por Dunga foi a marcação pressão desde o campo de defesa do adversário, ótima tática contra equipes retranqueiras. O único problema desta forma de atuar é que devido ao grande esforço físico empenhado, dificilmente uma equipe consegue manter este tipo de marcação por 90 minutos.
Mas o importante é que foi treinado este tipo de situação, muito útil contra equipes que pouco se expoem, situação que o Brasil fatalmente encontrará na Copa.
Ainda segundo Tostão, em 2006, por exemplo, só se via treinos em campo reduzido, sem grande ensinamentos ou variações táticas.
Sendo assim, ponto para o Dunga.
Por outro lado, Tostão e PVC relatam a considerável dificuldade que os volantes brasileiros, Gilberto Silva e Felipe Melo, têm na saída de bola. O primeiro é lento e não prima pela qualidade no passe, enquanto que o segundo, apesar de mais rápido, também deixa a desejar no quesito técnico.
Para uma equipe que tem no contra-ataque uma arma mortal, esta lentidão na saída de bola do campo defensivo é péssima. Responsabilidade do Dunga, já que as deficiências dos nossos volantes são amplamente conhecidas, e há tempos. Além disso, registre-se que melhores opções para esta posição haviam, todavia, por aqui foram deixadas.

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